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CONTRA A FABRICAÇÃO DO MEDO NA EMBRAER EM ÉVORA

Os trabalhadores da Embraer organizados no Sindicato SITE Sul rejeitam as histórias usadas para justificar pressões e chantagens sobre os trabalhadores, tentando que estes aceitem acordos de despedimento.

Desde meados de Julho os trabalhadores da construtora de aviões a desempenhar funções nas instalações de Évora, têm sido confrontados com a imposição de propostas de rescisão do contrato de trabalho (despedimento).

Estas chamadas “propostas de rescisão amigáveis” são sempre acompanhadas das mais variadas formas de assédio aos trabalhadores, desde a alteração repentina de funções, a troca dos horários de trabalho, ameaças de idas para lay-off ou de adaptabilidade de horário (Banco de Horas) sem que ninguém conheça os conteúdos da mesma, mas que futuramente significariam graves prejuízos monetários para os trabalhadores e desregulação da sua vida.

Só devido à intervenção sindical e respectiva denúncia dos acontecimentos acima relatados, tem existido por parte das chefias alguma moderação no assédio sobre os trabalhadores.

A Embraer tem vindo a ter ao longo dos anos, práticas de individualização das relações de trabalho, através isolamento individual de cada trabalhador, instalando e generalizando o medo pelos trabalhadores, impedindo assim a discussão dos problemas internos. Vejamos que estes trabalhadores não vêm reconhecidas as suas categorias profissionais de acordo com as indústrias metalúrgicas e químicas, nas quais estão inseridos, nem tão pouco lhes é atribuída a justa valorização salarial, pela execução e desempenho de trabalhos/tarefas de elevada especificidade e responsabilidade. Trabalhos estes que tanto na secção dos compósitos, como na secção da metalurgia, são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças profissionais nos trabalhadores que lá prestam o seu serviço diariamente.

Os trabalhadores sentem-se desapoiados por parte da administração da empresa e questionam a falta de transparência do plano de produção até final do ano, as perspectivas de futuro e a necessidade de salvaguarda do emprego.

O sindicato solicitou em agosto uma reunião à administração da Embraer, a qual só após muita pressão e insistência ficou agendada para 23 de outubro. No presente momento é determinante a organização coletiva dos trabalhadores, que irão aderir à Acção de Luta convocada pela CGTP-IN para as 10h30m do próximo dia 26 de Setembro em Évora, onde irão denunciar estas práticas e exigir da empresa o fim das chantagens, pressões e intimidação.

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